A única realidade que sempre existiu, existe e existirá para sempre é a energia a qual os índios brasileiros identificam como Nhanderuvuçú.
Características da energia
A energia existia mesmo antes de existir a relatividade, antes do início do Universo.A energia existia no caos sem tempo, sem espaço e sem nenhum tipo de velocidade, era o caos mas a energia sempre existiu.
Leis fundamentais da energia
- Energia não pode ser criada nem destruída.
- Energia pode se transformar de uma forma de energia em outra.
- Energia total do Universo não aumenta nem diminui apenas tudo fica em constante transformação.
Dizem eles que o início do mundo foi muito semelhante ao que dizem as outras doutrinas de outras religiões estrangeiras.
Deus, chama-se Nhanderuvuçú.
No princípio ele criou a alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga.
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios.
Para proteger tudo isso, ele criou Iara.
Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas por si só nascidas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
Caaporã quando é evocado para proteger as plantas plantadas junto aos roçados dos índios é chamado por eles de forma carinhosa com o cognome de Ceci.
Caaporã em língua tupi-guarani significa "boca da mata "Caa = boca e Porã = mata"
Dizem as lendas que no meio dos animais protegidos por Caaporã apareceu mais um casal de animais.
A primeira mulher, Amaú e, o primeiro homem, Poronominare.
Quem segue esta religião, religião "Primitiva do Brasil" adora as formas de manifestações da energia, adora o sol, os raios, os relâmpagos e o clima em geral, através da adoração de Tupã, adora as águas, a neblina, os rios, cachoeiras, lagos, lagoas, mares e oceanos através da adoração de Iara, adoram as matas, os animais e toda a natureza adorando Caaporã, evocam Ceci para proteger os campos plantados, a agricultura e as criações de animais domésticos.
Enfim adoram o que existe de fato, adoram somente o que é realmente real, os fenômenos naturais, o clima, a natureza, apenas as coisas reais.
Primitiva do latim "primitivu", primeiros tempos; princípio.
- A religião "Primitiva do Brasil", não inclui nenhum personagem antropomórfico (forma humana) em suas crenças, apenas Poronominare e Amaú possuem essa forma mas, não são divinos, são animais também e, portanto pertencem à Caaporã o protetor de toda a natureza viva e isso inclui todos os seres vivos inclusive nós os animais humanos.
Os jesuítas durante a catequese dos indígenas brasileiros, interpretaram equivocadamente "Anhangüera" com o significado de "diabo velho" ao invés de "alma antiga"; outro equívoco deles foi chamar Caaporã de "curupira" que é o mito de um demônio com forma de gente e com os pés ao contrário criado segundo a imaginação no folclore dos colonizadores cristãos no Brasil durante o processo da catequese destes índios.
Osvaldo Orico, foi da opinião de que os indígenas tinham noção da existência de uma força, de um Deus superior a todos. Assim ele diz:
"Tupã-Cinunga ou "o trovão", cujo reflexo luminoso é tupãberaba, ou relâmpago cuja voz se faz ouvir nas tempestades sua morada é o Sol.
Tupã representa um ato divino, é o sopro da vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa."
Fonte:Wikipedia
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